quinta-feira, 30 de agosto de 2012

E se elas tivessem dito: "Não vai dar certo"?




     Gosto muito de uma série de televisão chamada Os Pioneiros que conta a história da luta de uma família para se estabelecer em um povoado chamado Walnut Grov, no final do século 19. São os Ingalls. O chefe desta família chama-se Charles Ingalls, sua esposa Caroline e as filhas Mary, Carry, Laura e Grace. Eles passaram por muitas dificuldades, enfrentando animais perigosos, índios, o clima muitas vezes não favorável e toda sorte de perigos. 

No episódio “100 Milhas”, as coisas pareciam correr bem aos Ingalls até que uma tempestade arrasa a sua lavoura de trigo. Eles haviam investido tudo nessa cultura, por isso Charles e alguns outros agricultores que passavam pelo mesmo problema decidiram partir em busca de trabalho, acabando por consegui-lo em uma pedreira. Enquanto os homens marretavam e dinamitavam pedras enormes, Caroline convenceu as mulheres de Walnut Grove a se unirem para colher o que restava do que foi cultivado pelos seus maridos e destruído pelo vendaval. Porém uma das mulheres começou a jogar contra, dizendo coisas como: “não vamos conseguir”!  Ou “É muito difícil pra mulheres realizarem a colheita de uma lavoura arrasada pela tempestade”. Caroline disse então, que fariam do mesmo jeito que Rute fez: Entrariam no campo, e iriam respigar, enfeixar e debulhar o trigo. Depois de fazer todo esse serviço iriam vender o cereal e saldar as dívidas contraídas.

Enquanto as outras mulheres trabalhavam com dedicação, a mulher negativista estava sempre reclamando de dores, do peso, da falta de um homem para fazer a parte pesada e todas as dificuldades que elas estavam enfrentando. Porém existiam aquelas que com coragem se lançavam ao campo sem reclamar e acreditavam que no final tudo daria certo.

 Se a mullher negativista tinha alguma razão? De certo que tinha. A lavoura estava destruída, as espigas que restavam estavam jogadas aqui, lá e acolá. Era um trabalho difícil e pesado, sim. Depois de respigado e enfeixado, ainda teriam que levar o trigo para o lugar aonde iriam malhá-lo e peneira-lo. Para olhos descrentes tudo estava perdido, mas as mulheres não se deixaram abater e foram à colheita. Elas faziam tudo isso com alegria, determinação e principalmente confiança. Elas venderam tudo o que juntaram do trigo e saldaram as dívidas e quando os homens retornaram encontraram tudo em paz.

Fiquei pensando que isso ainda é muito comum, principalmente na igreja. Quando alguém se dispõe a fazer alguma coisa fora do que é  habitual, em benefício do grupo, não é raro surgirem pessoas que como aquela mulher negativista  jogam contra, dizendo coisas como: "Deixa como está", "Não vamos inventar moda" ou ainda: "Eu lidero esse departamento há anos e não invento moda e é por isso que estou aqui”. Outras estão sempre reclamando, achando  que não está bom, mas não fazem nada para que as coisas melhorem. Reclamam da mesmice, mas não tomam  uma iniciativa para que ocorra a mudança. Creio que não é pela vontade de que as coisas não dêem aconteçam de forma satisfatória, e sim pelo medo do novo, da mudança ou até mesmo da frustração de se arriscar e no final não conseguir alcançar o objetivo. Sempre vão existir pessoas presas ao medo do novo a ponto de não perceberem que o maior obstáculo para o obtermos sucesso está em nós mesmos e que nada acontece se não mudarmos. Sempre vão existir pessoas achando que a idéia é ruim, que não adianta expô-la porque não vai ser aceita. Isso porque gente assim não  tem coragem de tentar e ao mesmo tempo, tem medo que outra pessoa ao tentar, faça de modo tão eficaz que ela, a negativista, seja vista como incompetente. Ela tem medo de ser extinta por falta de mudança por isso não permite que ela surja por intermédio de outras pessoas. Os negativistas estão sempre perto dos que querem mudar.

   
Ainda bem que Caroline Ingalls e as mulheres seguiram o exemplo de Rute (Rete 2. 1-23). Elas entraram no campo, elas respigaram, não com tristeza, mas com alegria. Não trabalharam desanimadas  e sim com determinação e confiança. Essas mulheres não disseram: "Não vai dar certo". Elas estavam prontas para o novo. Elas não tiveram medo do fracasso. Não deixaram pra lá, esperando que os homens chegassem e fizessem o serviço deixado para trás. Olhos descrentes não as intimidavam, ao contrário, em cada palavra negativa estava implícito um incentivo para continuarem a trabalhar. Assim agem as mulheres virtuosas.

   Ainda bem existem mulheres como Caroline Ingalls, que convocam que reúnem, que  lideram e ara trás. Olhos desccontraram tudo em paz. malhm reclamar e acreditavam que no final tudo daria certoda etclideram e entram no campo com suas lideradas. Ainda bem que existem mulheres como as determinadas amigas de Caroline que aceitam a convocação, abraçam a causa, trabalham e fazem parte da mudança. Mulheres que entendem que o medo do fracasso é que nos impede de sermos um sucesso. Por isso seu trabalho prospera. Elas saem do lugar, se movimentam e curtem a aventura que é tentar o novo.

 Na Paz.

Por Dilma Dias de Almeida
 



segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Deus não vê Aparência



                                                  













"Dizem que eu não sou capaz
Dizem que eu não vou vencer
Mas não é na minha força
Mas sim em nome do Meu Deus
O poder e a unção estão sobre mim
E me adestra para as batalhas
Não importa o que pensam de mim
Vou deixar pra trás minhas limitações
Pois o Senhor não vê como o homem vê
Ele está atento ao coração
Ele exalta o puro de coração
E se revela aos que buscam tua face
Fui atraído pelo poder deste amor
Tudo posso com o meu Deus"
(Dizem - Ministério Trazendo a Arca).

    Dizem que a aparência é o cartão de visitas de uma pessoa. Talvez por essa razão a primeira coisa que vemos nas pessoas é a aparência. Avaliamos se ela está bem vestida, se é bonita ou feia, magra ou gorda, alta ou baixa, a cor da pele. Fazemos este julgamento também conosco.  Quando nos olhamos no espelho, sempre pensamos que tem alguma coisa a ser mudada em nossa aparecia. As novelas, as revistas e passarelas com seus atores e modelos lindos, bem produzidos, homens cheios de músculos e mulheres altas, magras e sem celulites (que é o terror de qualquer mulher) nos ditam um padrão de beleza que nunca alcançaremos e isso pode nos deixar deprimidos. A aparência é tudo, tanto que a célebre frase cheia de puro preconceito e creditada ao Poeta Vinícius de Moraes: “As feias que me perdoem, mas a beleza é fundamental", gera polêmica e pode fortalecer o perigo para o bem-estar feminino, até porque, qual a mulher que não teve esse momento de se sentir feia?
   Embora tudo isso seja colocado diante de nossos olhos todos os dias pelos mais diferentes meios de comunicação, não é “como” somos, mas sim “quem” somos que nos define. Deus não olha a aparência e sim o coração 1 Crônicas 28:9. Vemos o exterior mas Deus vê o interior. Isso não quer dizer que não devemos gostar de nos arrumar, cuidar da nossa estética.  Somos filhos de Deus e devemos estar elegantes e bem cuidados. No entanto, é preciso tomar cuidado para não tornarmo-nos narcisistas, escravos da aparência.
   Nós, seres humanos, com o nosso dedo apontado e a nossa péssima mania de julgar pelo que vemos. Não nos limitamos apenas à estética, mas queremos julgar também a espiritualidade, a sinceridade diante de Deus, vemos somente o exterior e imediatamente pré-conceituamos uma pessoa somente pelo que observamos. Mas o texto de 1 Samuel 16.7 nos ensina uma das coisas mais maravilhosas : A essência é mais importante que a aparência!
   Deus nos ama e nos aceita como somos, não importa a nossa aparência, se somos bonito ou feio, magro ou gordo, alto ou baixo, a cor da pele, se nos vestimos chique ou de forma simples etc. Ele olha para a nossa essência e não para a nossa aparência. O que Ele espera de nós é um coração sincero, quebrantado e contrito (Sl 51.17)  . O mesmo Davi que um dia foi preterido entre seus belos irmãos, mais tarde tornou-se rei e no momento em que segundo a lei de Israel ele deveria morrer por ter cometido adultério com Bete-seba (Lv 20:26) ele ofereceu o seu coração quebrantado a Deus ao invés de sacrificar animais no altar, alcançando assim benevolência da parte de Deus, porque o coração contrito Deus não despreza.

    É presunção de nossa parte achar que com nossas atitudes e santidade aparente, conseguiremos enganar a Deus, quando no máximo enganamos a nós mesmos. Deixamos de receber bênçãos de Deus por causa do nosso orgulho espiritual. Somos mais crentes, mais consagrados, mais santos. Somos tudo isso menos servos. Diz o ditado que “a aparência engana”, mas diante de Deus nada disso importa, não existe máscara, falsa aparência. Tudo que importa para Ele é que o nosso coração esteja limpo.

“Porém o Senhor disse a Samuel: Não atentes para a sua aparência, nem para a sua altura, porque eu o rejeitei; porque o Senhor não vê como vê o homem. O homem vê o exterior, porém o Senhor, o coração.” (1 Samuel 16.7)

Na Paz

Por Dilma Dias de Almeida

sábado, 25 de agosto de 2012

Declamei este poema no culto do Dia Internacional da Mulher na Catefral da Assembléia de Deus em Aliados, congregação que faço parte.


Nasce Uma Mulher

 

Em meio a tantas expectativas
Entre tantos sonhos e esperança
Eis que um choro de criança
De repente ecoa pelo ar...
E neste mesmo instante,
Surge num ponto qualquer
Uma voz firme e possante
Que diz: “É uma mulher.”
Nasceu! É pequenina e delicada,
Mas pelo nome de mulher é chamada.
E em todo tempo, por onde ela andar
Sempre alguém vai lhe chamar
Pelo sublime nome de mulher...
Mulher... Já nasce com identidade!
Carregando sobre si a responsabilidade
De ser feminina, graciosa e diferente.
Aquela que na batalha da vida é guerreira
E na hora mais difícil e derradeira
Tem sempre um sorriso para dar...
Nasce uma mulher... Mais uma entre tantas!
Mas é única, é ímpar, é a primeira.
Aquela que o Senhor deu por companheira
Ao homem que tão só, no paraíso vivia.
Então,... ela encheu a sua vida de alegria
E como as flores, sublime tornou o seu viver
Ela nasce e floresce para ao mundo trazer

O seu doce perfume de mulher...

Norma Penido Bernardo, in Revista Visão Missionária , Ano 87, Número 1 (UFMBB)

Na Paz.

Por Dilma Dias de Almeida